Loose notes

By. Jacky Supit

Peugeot 308cc

By DanielPereira












Chegado o segundo trimestre de 2009, chega também o renovado líder o segmento médio de descapotáveis. Por outras palavras, a classe dos descapotáveis com pinta e a médio preço.

Antes de qualquer análise não nos podemos esquecer que estamos dentro do segmento que pretende aliar conforto e classe, a um preço acessível (geralmente direccionado para a classe média). A solução para aliar o conforto à classe, e a um preço relativamente acessível, baseia-se na redução da qualidade dos materiais, ou seja, muito plástico bonito! E é aqui que a Peugeot , Renault e Volkswagen entram.

O Modelo anterior resumia-se a um descapotável muito pouco original e discreto, aliado a um interior funcional. Ora, a novidade passa por uma merecida atenção no design, que passou a ser extremamente acolhedor, embora pouco original.

A frente está mais imponente do que nunca. O design da frente passa pelos vincos e as concavidades características da actualidade. O pedaço de pára-choques preto, que passa pelo interior da grande grelha frontal, é bastante original e estou convicto que esse pormenor poderá vir a ser adoptado posteriormente por outras marcas. Os faróis combinam o estilo agressivo da marca com um design singular, que não é adoptado por nenhuma marca do mercado, o que só favorece o modelo. A lateral é bem concebida, simples e directa, desde as envolventes dos guarda-lamas, que são a grande originalidade da marca, até à linha lateral, longa e discreta. Pessoalmente eu sou da opinião que a linha lateral poderia realçar muito mais as rodas traseiras, embora já trate de um pormenor.

A traseira não se poderá considerar original, mas seu duvida alguma é bem mais atraente que a do modelo anterior, cuja única atracão dos faróis traseiros passava pela disposição dos leads no seu interior. A concavidade criada em cima do mala, derivada da mala original do 206cc, assume aqui um papel mais sério, e é um pormenos que assenta bem no carro. O espaço entre o difusor traseiro quebra um pouco o estilo desportivo, talvez porque já seria excessivo aos conceitos iniciais. Futuramente a traseira poderá ser bem melhorada.

Passando para o interior, este é um ponto muito positivo desta renovação, bastante convidativo e acolhedor. Já a originalidade, essa certamente não foi o objectivo da equipa de design, pois as influências do conceituado SL500 (2009 ou até mesmo 2007) da Mercedes, são notáveis no design das saídas de ar e da consola central. A disposição das saídas de ar, essa só lembra um notável modelo da Ferrari, o 612 Scaglietti.

Em suma, a renovação foi excelente, acrescentou-se um pouco de agressividade ouve uma maior preocupação com a classe , apesar de tudo ainda deixa muita margem de manobra, o que pensando a longo prazo, é bom. Em termos de motorização, os motores THP, do grupo Peugeot e BMW , só trouxeram vantagens à marca, já que depositaram uma boa dose de confiança e potência também!

Daniel

Rally de Portugal - grandes mas rápidas emoções!

By DanielPereira


Nada melhor que o rally de Portugal para iniciar este blog.

Agora que chegámos ao ultimo dia deste excitante evento, podemos avaliar a nossa prestação. Uma coisa é certa, este rally pode ser comparável à ascensão de Loeb até ao primeiro lugar, um ápice!

1º dia

Loeb começou o rally a abrir caminho, o que com a ajuda do piso escorregadio, foi mais que suficiente para beneficiar Hirvonen e Sordo. O maior azar do dia foi para a equipa da ford. Quando Latvala beneficiava da sua sétima posição, correndo em estrada limpa, e amealhando uma boa vantagem, já no terceiro e ultimo troço do dia, sofreu uma saída de estrada provocada por um toque no interior da curva, o foi suficiente para deixar o focus RS num estado lastimável e impossível de continuar o rally.

Já no PWRC, o dia foi mais crítico. Para azar de Bruno Magalhães, a sua liderança não durou muito, ficando-se pela terceira etapa com o motor do peugeot S2000 partido. Nasser Al-Attiyah tirou partido da situação, visto que passou para a liderança, embora também não a tenha conseguido saborear porque capotou e desistiu, antes de acabar este primeiro dia. Atrás deste estava quem beneficiou destes azares seguidos, Armindo Araújo, que passou para primeiro lugar, deixando a luta entre a segunda posição para Emil Brynildsen e Patrick Flodin.

O Campeonato Mundo Júnior é dominado por Michal Kosciuszko, que venceu três das seis classificativas do dia. Acabando o dia com 41 seg sobre o Yoan Bonato.

Pessoalmente fiquei muito satisfeito com o final do primeiro dia. Ao contrário do que seria de esperar, o sr.Sebastien Loeb acabou o dia em terceiro lugar, com Hirvonnen em primeiro a 15 seg de Sordo, em segundo. Não faltaram acidentes o que remete a uma prova nada fácil!

Em termos de organização nada a dizer. Desconfiei do rail da curva em que Latvala saiu de estrada, poderia ser um pequeno erro na sua montagem, devido à sua altura, demasiado baixa, mas aparentemente o focus de Latvala levou um impulso do interior da cura, o que ajudou a ultrapassar o rail.

2º dia

No segundo dia de prova, Hirvonen perdeu tempo por limpar a estrada, o que como é previsível, não passa ao lado de Loeb e que o colocou no comando da prova. Acabando o dia a 26,8 seg do segundo lugar, que pertencia a Hirvonen. A terceira posição foi controlada desde bem cedo por Dani Sordo.

A primeira vítima do dia foi Marcus Gronholm, que capotou o Impreza e apesar dos estragos na carroçaria fossem mínimos, ficou com o radiador danificado, o que o levou a desistir. Ainda na mesma curva, Sebastien Ogier levou o carro até fora de estrada, e a sua continuação ficou pendente da sua equipa, que tentou repará-lo para o dia seguinte.

As boas temperaturas do Algarve fizeram-se sentir nos pneus dos carros.

Na produção, o sueco Patrick Flodin subiu até à primeira posição, não por muito tempo, pois na segunda etapa teve uma saída de estrada, capotou e desistiu. Quem não deve ter ficado nada contente foi Armindo Araújo, que mais uma vez, por factos alheios voltou ao primeiro lugar. Em segundo Brynildsen e em terceiro Prokop.

Nos JWRC, Michal Kosciuszko manteve o seu primeiro lugar. Yoan Bonato abandonou depois de um acidente na segunda etapa, enquanto Bertolotti desistiu com problemas eléctricos. Com tudo isto, restaram 4 carros em competição, cujo primeiro lugar pertence a Kosciuszko com 4 min de avanço!

3º dia

Neste ultimo dia os 3 primeiros lugares mantiveram-se. A primeira especial do dia seria mais fácil para o líder do rali, pois o pó mantinha-se no ar o que não ajudava à recuperação de Hirvonen.Depois da assistência Loeb chegou a estar a perder 16 seg para Hirvonen, que na tentativa de agarrar a sua oportunidade aumentou o ritmo, inevitável, pois no controlo seguinte a diferença mantinha-se o que o fez perceber de que se tratava de uma falha de sistema. A partir daqui Hirvonen não arriscou muito mais.

No penúltimo troço, Matthew Wilson ficou sem travões logo no início da classificativa.

A um quilómetro do final, quando travou para uma curva no final de uma longa recta, o pedal foi até ao fundo, sem ter qualquer acção. Puxou o travão de mão, para colocar o carro de lado, mas acabou por sair da estrada e capotar. Na tentativa de regressar à estrada queimou a caixa de velocidades e desistiu. Antes Conrad Rautenbach tinha tido acidente parecido, embora com um final diferente, já que na tentativa de voltar À estrada o C4 incendiou-se e ficou destruído. A especial foi interrompida para os bombeiros apagarem o fogo e os concorrentes que ainda não tinham feito a classificativa tiveram um tempo atribuído.

No PWRC Armindo Araújo regressou ao comando no final da segunda etapa, mantendo sangue frio, como é característico deste piloto e vencendo o rally. Em segundo terminou Eyvind Brynildsen, cujo mitsibishi já se deixava acompanhar por ruídos de transmissão. Em terceiro ficou Martin Prokop, a 1,5 seg do segundo lugar.

Nos júnior Michal Kosciuszko deu continuidade à sua liderança, começando o dia com 5 min de vantagem sobre o segundo lugar. Kevin Abbring acabou o rally em segundo, equanto Hans Weijs completou o pódio da categoria.

No final do rally, Sebastien Loeb saiu da quarta prova do calendário a vencer, conquistando assim a sua 51.ª vitória mundial, igualando o feito do francês Alain Prost, na F1, comocuriosidade!

Em declarações à imprensa o Loeb afirma ter andado no seu limite, para atingir esta vitória. Também em declarações à imprensa, Hirvonen afirma, numa expressão de impotência, que Loeb foi mais uma vez o mais rápido.

Daniel Pereira