Loose notes

By. Jacky Supit

Ferrari F458 - Primeira impressão

By DanielPereira



Provavelmente este é o artigo mais “fresquinho” que eu já alguma vez escrevi. Passei à instantes pela autosport e fiquei a conhecer as primeiras imagens do Ferrari F458, o substituto do marcante F430.

Agora como se deve imaginar, algo me surpreendeu demasiado, para eu escrever um artigo tão em cima do acontecimento.
Pois bem, à primeira vista, à segunda e a todas as outras repetidas vezes que passar o olhar por estas imagens, este super desportivo mais se parece com um puro protótipo, e desde estas imagens até à produção muita tinta à de correr.
Ao contrário das opiniões dos utilizadores do site, que se resumem a palavras únicas, sem contrariar a minha natureza crítica, este projecto pouco tem a ver com aquilo a que a Ferrari nos tem habituado. Pelo menos em termos estéticos, porque olhando ás informações dadas:

V8, 4,5cc, injecção directa,
570cv (aproximadamente 127cv/l)

E agora, depois da surpreendente caixinha de tecnologia, o nissan skyline R35, após o tempo suficiente para trabalhar em aspectos semelhantes aos desenvolvidos no R35, tal como a fricção no motor, caixa de velocidades de dupla embraiagem, diferenciais electrónicos. Ou seja, algo para desafiar os números do passado.

Quanto ao design, este deixa muita duvida, apesar de ser um trabalho do conceituado Pininfarina, não se pode fugir à verdade e se quanto às linhas e superfícies laterais a aerodinâmica cobre as entradas de ar características da marca, nesta gama, a frente deixa muito a desejar.
O misto de classe e agressividade (a que se dá o nome de bom gosto!) presente no F430 não é comparável a este estilo Francês, da frente deste F458. Os faróis demasiados agressivos e pouco originais, característicos dos automóveis de baixa gama para a classe de pessoas que dificilmente algum dia terá um Ferrari, a grelha frontal parecendo querer sair da rotina e lembrar o passado, não melhora a situação.

Parando agora de “bater no ceguinho”, dando um rápido olhar a traseira, percebesse que os faróis, mais que previsíveis, são os mesmos que o Califórnia sustenta, a grelha não se encaixa nas suaves linhas aerodinâmicas e lembra a frente do F430 invertida 180º, por fim as três saídas de escape ficam sempre bem, ainda por cima quando lembram o mítico F40, e encaixam-se perfeitamente bem com as linhas laterais os faróis traseiros.

Concluído, a Ferrari vai apresenta-se com uma grande renovação tecnológica, a que pretende marcar a diferença com a singularidade exterior, mas contudo tenho muitas dúvidas quanto a estas imagens e o final F458, sem esquecer que o motor do design deste modelo são as superfícies laterais aqui mostradas, discretas e eficientes.

Link da notícia na autosport

Daniel Pereira

Rali Vinho Madeira 2009 - 1º dia

By Marcelo Abreu


Os milhares de pessoas que se fizeram sentir esta tarde na especial da Avenida do Mar não foram de maneira nenhuma uma surpresa para mim, visto já ser hábito tais números.


Quanto à competição, Kris Meeke surpreendeu tudo e todos ao ficar em 1º na especial mas sobretudo por ter baixado o recorde da especial em 4 décimas, sendo ainda de admirar mais uma vez que os S2000 foram vitimas do regulamento da FIA e veem o seu peso aumentado em 50kg, nada mau para um estreante que não se considera um perito no asfalto. Bruno Magalhães vem no 2º posto um lugar que lhe pertence sem quaisquer dúvidas, vamos a ver se tem unhas para assaltar ao primeiro lugar, eu acho que sim. No 3º posto outra grande surpresa, quase tão grande como a de Kris Meeke, uma vez e que embora Corrado Fontana já seja um habitué por cá, as suas prestações em anos anteriores têm passado muito despercebidas, arranca amanhã com a confiança a 100% mas não terá mãos para manter o 3º posto. 4º posição para Nicolas Vouilloz, vencedor em 2008, estará por certo mentalizado depois de hoje que a luta pelo 1º lugar não é sua. A fechar o TOP 5, Luca Rosseti, campeão europeu em titulo, acaba por ser uma posição adequada.


Outros nomes importantes são o de Basso acaba em 6º a par do Alexandre Camacho, ambos com o mesmo tempo. O primeiro Grupo N tradicional surge no 11º posto da tabela classificativa, e que grande prova de Ricardo Moura o açoreano de mãe madeirense, serpenteava pelas gincanes o longo Evo IX como se de um Smart ForTwo se trata-se, é caso para dizer que o Fernando Peres muito terá de andar para acompanhar o andamento de Ricardo Moura.


Uma das grandes incógnitas deste rali, o Proton S2000, quedou-se por um modesto 14º tempo. O carro é bonito disso não há dúvidas, mas esparava muito mais da performance. Posso dizer que em recta o motor parecia custar a respirar e era visivel que em aceleração era mais lento que outros. O Skoda onde muita gente depositava grande esperança, mostrou que o piloto tem guitarra, faltam-lhe unhas para tocar, na gincane mesmo à minha frente pude comprovar que o Skoda tem realmente um chassis fenomenal, embora seja curto e possa parecer um pouco desajeitado a curvar, serpenteia de uma forma glamorosa as gincanes e aquele motor respira e transpira potência, é um pouco equiparável ao C2, que é um carro alto mas tem um exelente comportamento em curva, mas como já disse o piloto não deverá estar totalmente habituado à montada e ficou-se por um mosdetissimo 19ª lugar. Uma chamada de atenção para este Skoda Fabia S2000 presente que é já a versão 2009 e segundo o piloto nada tem a ver com a versão 2008.


Bernardo Sousa ficou-se pelo 15º posto, estando dentro das suas perspectivas, embora eu ache que este piloto tem qualidade para andar nos 7 primeiros. Adruzilo Lopes nao conseguio levar o seu Subaru N14 além do 17º lugar. Vitor Sá mostrou bem que quem sabe não esquece e amanhã é o primeiro a sair nas duas rodas motorizes, alcançou um bom 22º lugar. Fuzilou a concorrência deixando para trás o mais bem competitivo Renault Clio S1600 de FIlipe Freitas. Outra agradavél surpresa para muitos, não para mim pois deposito extrema confiança neste jovem, João Silva levou o seu Clio R3 ao 2º posto das duas rodas motrizes e um espectacular 24º lugar.


Positiva: -Kris Meeke

-Ricardo Moura

- Vitor Sá

- João Silva

-Miguel Nunes


Negativa: -Proton S2000

- Julien Maurin

- Filipe Freitas



Posto isto, fazendo um balanço geral temos muito rali pela frente, acho que ninguém quis arriscar, pois nesta especial não se ganha o rali, mas pode-se perdê-lo. Os trunfos tão todos guardados para amanhã, e só após as primeiras 4 especiais do dia poderemos ver quem realmente pode lutar pelos primeiros lugares do pódio, não esquecendo que são 12 especiais e tudo pode acontecer. Uma coisa é certa serão mais de 5 pilotos a lutar pelo primeiro degrau do pódio e a luta está declarada.



Foto: RalisMadeira.com

Rali Vinho Madeira 2009 - Shakedown

By Marcelo Abreu



Cá estou eu para uma actualização rápida dos acontecimentos, antes do derradeiro começo do grandioso Rali Vinho Madeira.

Foi com um misto de apreensão e alguma surpresa que analisei os tempos do shakedown realizado esta manhã. Se o 1º tempo não me surpreende nada por ser o de Bruno Magalhães (1:51,0), o 2º melhor tempo ja me deixou com água na boca e a perspectivar um grande andamento por parte deste piloto, falo claro de Kris Meeke (1:51,2), o jovem estrante arrecadou um excelente tempo num traçado praticamente desconhecido, acho que há que contar com ele pois as suas capacidades estão à vista. O 5º melhor tempo foi a grande surpresa deste shakedown, foi registado por Vitor Pascoal (1:51:6), não tem montada na sua viatura as últimas evoluções e as suas capacidades não me parecem sufecientes para ombrear com nomes como os presentes, daí a minha apreensão. Na 3º posição aparece o primeiro Abarth com Basso (1:51,4), nas seguintes posição aparecem os suspeitos do costume. Uma surpresa negativa foi o 10º tempo registado por Alexandre Camacho (1:54,1), o piloto da casa esperava eu que tentasse mostrar mais "serviço" para ver onde se podia situar. Bernardo Sousa o outro piloto da casa acabou por arrecadar o 11º tempo no seu Punto Abarth, visto não fazer um rali de asfalto à 8 meses por estar inserido na caravana do PWRC, não foi mau de todo. O primeiro Grupo N tradicional foi o do nortenho Fernando Peres (1:56,1) num bom 12º lugar, nada estranho visto este assumir-se como candidato à vitória do agrupamento de produção. O Proton Satria de Guy Wilks (1:56,1) classificou-se na 13º lugar. O Skoda presente parece estar uns furos acima da qualidade do piloto Julien Maurin ficando-se por um modesto 17º lugar, algo estranho para um carro que assume-se como o melhor por entre os S2000. O deca-campeão regional Vitor Sá optou por correr com o 206 S1600, após esta época ja ter tripulado o Mitsubishi Evolution X, e IX, estando agora a pagar com um tempo muito modesto, fruto também de já nao conduzir carros de tracção à frente à muito tempo. Uma chamada de atenção para o jovem que tenho vindo a acompanhar com muita atenção, falo de João Silva e o seu Clio R3, um carro supostamente inferior aos S1600 e Grupo N's, mas que fruto da sua condução agressiva tem lhe valido fama e mérito acoplados a excelentes posições, neste caso a 21ª. Por último não esquecendo este exemplo de vida, garra, persistência, falo de Albert Llovera piloto paraplégico do Punto Abarth S2000 situando-se num modesto 24º lugar, sendo certo que irá alcançar resultados melhores ao longo da prova.
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Gostaria de realçar que estes tempos por não entrarem nas contas do rali, servem apenas de treino e últimas afinações em ritmo de competição. Logo a partir daí há várias tácticas em jogo, uns optam por se manter camuflados em relação à potencialidade das suas máquinas, outros tentam se situar onde poderão andar na tabela classificativa, muitos nem fazem o shakedown por opção.. Quero com tudo isto dizer que não se consegue tirar conclusões ou ilações, sobre potencialidades de máquinas e/ou pilotos, lugar respectivos na classificação, etc.


O shakedown serve neste caso ao amante do rali para aguçar o apetite, fazer-nos sonhar e perspectivar, para o que vai ser o começo apoteótico com a partida do pódio às 17h03 e o começo oficial com a 1ª especial de classificação Avenida do Mar às 19h30, uma especial com um traçado curto de 2.18Km de onde constam várias chicanes, rectas a fundo e não podendo faltar as atravessadelas..
Eu lá estarei com toda a certeza, e conto-vos trazer algumas fotos e os principais desenvolvimentos.

Rali Vinho Madeira 2009 - Desenbarque e Reconhecimentos

By Marcelo Abreu

Mais um vez vos escrevo, para vos presentear na 1a pessoa e passo a passo o desenrolar da tão famigerada 50ª Edição do Rali Vinho Madeira.




Foi sobre o olhar atento de centenas de espectadores que o desenbarque das viaturas de competição e respectivos camiões de apoio foi-se desenrolando ao longo desta manhã, no porto do Funchal. Vindos directamente de Portimão, este transporte foi feito pos 2 ferri's dum armador espanhol que faz frequentemente viagens Portimão/Funchal. De notar que um dos ferri's chegou ao principio da tarde atracando no porto do Caniçal. Mais uma vez a moldura humana fez-se sentir, sendo que os mais curiosos nao quiseram perder pitada.


Também ao longo do dia de hoje, e neste preciso momento, decorrem os reconhecimentos das especiais que compoem o rali. Reconhecimentos estes, este ano, controlados por GPS cedido pela organização e instalado nas viaturas de reconhecimentos das equipas, estas tendo de ser anteriormente declaradas à organização. O número de passagens por troço cifra-se em 2, sendo esta medida a meu ver, uma tentativa de minorar algum handicap que pilotos estreantes encontrem, mas sobretudo uma forma de minorar os riscos que transeuntes encontrem aquando das passagens dos pilotos em reconhecimentos, na medida em que já houve um caso mortal ,tendo o piloto desrespeitado as datas e horas para treinos acabando por colher um jovem, nestes ùltimos anos. Assim as passagens são controladas pela organização, havendo sanções para quem desrespeitar.


Assim sendo marcamos encontro daqui a 3 dias, dia da super-especial, onde conto trazer grandes noticias e algumas fotos.


Fotos:Ralismadeira.com

Rali Vinho Madeira 2009

By Marcelo Abreu

Por onde começar?..Pelo principio é o mais conveniente..
Após longa insistência do meu amigo Daniel decidi deixar aqui o meu contributo, no que diz respeito a carros e tudo o que gire à volta deles.

Vou-me iniciar nestas andanças com um artigo sobre o Rali Vinho Madeira, ralis..uma paixão muito antiga que mantenho em comum com o Daniel, mas não me desviando mais, este é um rali inserido no IRC (Intercontinental Rally Challenge), ERC (European Rally Championship), campeonato nacional e campeonato regional de ralis da Madeira. Isto permite ter durante, sensivelmente, uma semana as melhores máquinas, os melhores pilotos, no melhor asfalto, o que é sem grande margem de dúvidas o rali com mais visibilidade do IRC/ERC, tornando-o por tudo isto e muito mais o melhor rali de asfalto neste momento, isso é incontestável.


Reunidos que estão os ingredientes, foi com grande atenção que acompanhei a par e passo o ritmo das inscrições, visto este ano ser uma data especial, o Rali Vinho Madeira conta com 50 anos de vida, 30 deles inserido no Campeonato Europeu de Ralis, as expectativas eram realmente altas, mas findado que está o período de inscrições não me desiludi nem um pouco, a lista não é tão vasta como em anos anteriores, mas ainda assim são 72 máquinas que irão desfilar pelas estradas da ilha ao longo dos dias 29, 30 de Junho e 1 de Agosto e a qualidade dos pilotos supera em larga escala edições passadas.


Nesta lista contamos com 20 S2000, número nunca alcançado em nenhuma outra prova do IRC/ERC, sendo 12 Peugeot’s, 6 Fiat, 1 Proton e 1 Skoda. A engrossar a lista 18 Grupo N’s tradicionais também com uma palavra a dizer, em especial se o clima estiver chuvoso e húmido.
A luta vai ser renhida, ainda para mais se tivermos em conta que entre os inscritos constam nomes como Nicolas Vouilloz vencedor da edição anterior do Vinho Madeira, Giandomenico Basso vencedor da edição de 2006 e 2007, Luca Rossetti campeão Europeu de Ralis de 2008, Kris Meeke o protegido do falecido Colin McRae, já vencedor este ano de algumas provas do IRC até agora disputadas, o sempre surpreendente Bruno Magalhães, o espectacular Alexandre Camacho, e o “puto” que espantou tudo e todos quando aos 20 anos juntou-se à caravana do PWRC (para um português nada mau..!), Bernardo Sousa.


Como que em espécie de antevisão, prevejo que os habituais 80.000 espectadores que se deslocam à estrada este ano vão aumentar ainda mais, formando uma moldura humana muito apreciada pelos pilotos, moldura esta que lhes trazem grandes recordações e vontade de voltar sempre no ano seguinte (dito pelos próprios). O primeiro degrau do pódio adivinha-se muito assediado e prevejo uma luta à décima de segundo para se encontrar um vencedor.


Falando agora um pouco sobre os principais figuras desta edição:


Nicolas Vouilloz: Apesar de vencedor da última edição, na estrada não me convenceu, apesar de rápido não foi espectacular, não arriscava um milímetro, e não podemos esquecer que não fosse o azar de outros dificilmente tinha subido ao degrau mais alto do pódio. Não acredito que este ano suba ao pódio.


Luca Rossetti: A sua primeira vez foi o ano passado, mostra ter uma grande habilidade de condução, espectáculo à mistura um nome a ter em conta nos resultados finais.


Kris Meeke: Para mim a grande incógnita deste Vinho Madeira, um carro ultra competitivo, com uma condução agressiva, não foi ao acaso que este estreante já ganhou por três vezes este ano, espero com grande ansiedade para ver onde se vai situar nesta luta de leões.


Bruno Magalhães: Grande piloto! Quem o vê pilotar fica deslumbrado, rápido, preciso, espectacular, já por duas edições seguidas não vai ao pódio porque a máquina teima em não colaborar no Vinho Madeira, este ano é com grande expectativa que aguardamos a sua prestação.


Alexandre Camacho: Como o ano passado foi intitulado “Local Hero”, um excelente 3º lugar para um piloto da casa, numa equipa privada, é sem dúvida um grande feito para esta jovem promessa, espero que dê o salto em breve, pois com armas idênticas, em asfalto, é sem dúvida o mais rápido e espectacular, na estrada ficam todos a suar aquando das suas passagens sempre no limite e ESPECTACULARES.
Boa Sorte Alex!


Bernardo Sousa: Piloto muito jovem, muito “sangue na guelra”, dom natural da pilotagem, mas ainda tem muito a aprender e a consistência não tem sido sua aliada. Não creio que suba ao pódio contudo tem tudo para andar no TOP 5.


Giandomenico Basso: Deixei especialmente o Basso para último, pois a cereja vem sempre no topo do bolo. É o meu predilecto assumo. Após as suas passagens de 2006 e 2007 de cortar a respiração, e peço desculpa pela expressão, mostrando de que eram feitos os seus “tomates”, apaixonei-me pela forma de pilotar deste italiano. Faz sempre valer o famoso “Maximum Attack”, sempre no limite, arriscando tudo o que tem e o que não tem. Pena que nesta “guerra de armas de fogo” traga consigo apenas um “punhal”, pois mesmo assim consegue andar na frente da caravana obrigando os seus adversários a esforços por vezes sobre-humanos.


Lanço agora um desafio a deixarem a vossa lista do TOP 5 deste rali, a minha será:

Giandomenico Basso
Bruno Magalhães
Alexandre Camacho
Luca Rossetti
Kris Meeke

Optimus alive 09 - 3º dia - Ayo

By DanielPereira



Foi no último sábado, dia 11, que se encerrou um dos maiores festivais de verão a que já estamos habituados, o Optimus Alive!

Nomes como Metalica, Slipknot, The Prodigy, Placebo, Chris Cornell, Black Eyes Peas, Dave Matthews Band, passaram por Algés, durantes os dias 9, 10 e 11 de Julho.

Quanto ao ultimo nome, Dave Matthews Band, pela 2º vez em Portugal, ultima em 2007, eles vinham para dar espectáculo disso ninguém duvidava, e eu não resisti à tentação!

A abertura do dia foi concedida ao Boss AC, felizmente, porque foi no preciso momento em que eu entrei no recinto, que este fenómeno do hip pop Português cantava a sua ultima musica (uff!).

Passando agora às boas memórias, o clima aqueceu bastante quando a Ayo deu entrada no palco. Para que não conhece, e eu só descobri que afinal já tinha ouvido, depois de ouvir musica “And It's Supposed To Be Love” do 1º álbum ( 2005), Ayo é uma cantora compositora alemã, com origens africanas, da onda do reggae, embora um pouco mais completo, com aspectos de blues, soul.

A sua prestação foi fantástica, um som bastante agradável e convidativo, descontraída, não renegando as suas origens ao dançar um pouco, dialogando com o publico, e assim pouco a pouco foi aproximando o público para o palco principal, gerando algum interesse e um clima de festival de verão.

De seguida viria o emblemático Chris Cornell, que fez com que os primeiros fãs do publico se mostrassem e criassem ambiente.

Optimus alive 09 - 3º dia - Black eyes peas

By DanielPereira


Depois de todos os fios ligados, as 4 dozes adicionais de luz, em cima do palco, e um primeiro andar acima montado, chegaram os duvidosos Black Eyes Peas.

Duvidosos, porque qualquer pessoa que olhasse para o cartaz daquele dia, não compreendia o porquê de Black Eyes Peas ali pelo meio, o que até levava a um pequeno jogo de vista que tentava identificar quem tinha aspecto de ir apenas para ver os black eyes peas (começando logo nos transportes públicos). Este jogo terminaria poucos minutos após a banda começar a tocar, porque foi notório que a maior parte do público cedia apenas um pouco de carinho ao black eyes peas, e em particular a um membro em concreto (não de facto isso aconteceu apenas comigo! que foi o único ponto de interesse k encontrei naquela 1h30 de espectáculo que mais parecia uma eternidade!), em vez de um rendimento total à musica.

Apesar disso, não se pode deixar de admitir que o concerto foi bem preparado, temas bem escolhidos, animação bem preparada, embora os dois robots insufláveis fizessem lembrar os Daft Punk, pelo menos a mim .

A sra. Mulher, Fergie mostrou que não se tratava apenas do um símbolo sensual, apelativo, que conduz certos olhares durante os concerto (e não necessariamente!), mas sim que tinha uma voz a mostrar, revelando isso várias vezes. Também se fez mostrar, ao cantar o seu primeiro single a solo, acompanhada pelo guitarrista que tinha dotes de segurança, pelo menos até se ter espalhado pelo chão ao saltar de elevação, como se de um guitarrista de rock se tratasse.

O Will.i.am insistia constantemente em chamar o publico, apelando a Lisboa e Portugal, para ouvir mais vozes de entre o publico, vozes que se identificaram quando nomeou o rei da pop, Michael Jackson, e pôs um pouco da trhiller a tocar, entre uma das musicas que tocou a solo.

Sensivelmente 1h3o passada e os Black eyes peas saíram de palco, com eles, por muito surpreendente que seja, alguns gatos pingados que curtiram muito o som, saíram da frente da multidão, e a partir daí como se de um instinto natural se trata-se, o publico começou a avançar até ao mais a frente que pode, o que não foi muito.

Optimus alive 09 - 3º dia Dave Matthews

By DanielPereira


Ora, o tal jogo visual de identificar os fãs da actuação anterior, resumiu-se a um fracasso quando, depois de saírem 2 ou 3 gatos-pingados do público, as 3 raparigas com aparência de gostar de Black eyes peas avançaram rapidamente para a frente, tentando chegar o mais perto possível do palco e esperar o grande momento da noite!

Enquanto os músicos não chegavam, o publico gritava pelo nome do vocalista, tentado encurtar o tempo de espera e fazendo com que os músicos de despachassem.

O grande momento chegou, o Dave Matthews e outros 6 músicos entraram no palco e como sempre, sem cumprimentos iniciais, deram ao público o que realmente se queria ouvir, música! Começaram pela Shake Me Like a Monkey, a primeira musica (depois da introdução) do mais recente album Big Whiskey And The GrooGrux King.

Seguiram-se 2h de concerto, musica a musica, cada vez mais empolgante e animado, com algumas palavras do Dave entre as musicas, piadas sobre as sobras das dançarinas que estavam nas torres da Optimus (num dos lados do recinto) e frases em Português como “Eu quero voltar”, que foram as primeiras palavras depois da primeira música, “é bom estar de volta”, e o típico “obrigadou”.

Seguiram-se várias musicas do novo álbum, como seria de esperar, Funny the way i tis, lying in the hands of god, why i am (em memória do falecido saxofonista Leroy Moore), alligator pie, entre outras. Não dispensou os antigos clássicos da banda, como Ants Marching (segundo tema da noite), "#41", a genial "Two Step", "Rapunzel", "Don't Drink The Water", "Crash Into Me" ou, já no encore, "Tripping Billies". Já no encore, quero eu dizer, já no 1º encore (!) , sim no primeiro porque este concerto dos DMB teve ainda um segundo encore!, o que eu acho que foi muito merecido!

Foram 2 as baquetas distribuídas pelo fenomenal baterista cárter Beauford antes do 1º encore. O que é de estranhar, porque o CB a oferecer apenas 2 baquetas quando já tinha utilizado umas 4 ou 6. Assim depois de algumas pessoas pouco crentes, convencidas que se aquele concerto já era, e afastarem-se (e ainda bem porque.. mais um passinho para a frente!) Os DMB voltaram com mais 20/30 minutos, aumentando ainda mais o entusiasmo do publico, sendo a última musica a fantástica “two step” que o publico não deixou acabar nos seus habituais 10 minutos, como que dizendo “ Na, na oh Dave! Não pares ainda porque aqui em Portugal a two step dura 17 minutos!!”, fazendo com que depois de acabarem de a tocar, ainda se sentissem na obrigação de atender ao unânime pedido do publico e continuar com mais 7 minutos, momento fantástico, este!

Depois de mais baquetas distribuídas pelo Beauford, deta vez umas 10 (!),por simpatia, ou por simples agendamento, o que é certo é que o Dave matthews ainda voltou ao palco pela segunda vez, acompanhado pelo baixista Stefan Lessard, e o Carter Beauford a entrar sorrateiramente, mas desta vez para tocar Led zeppelin (!), sim, pelo menos foi o que o baixo do Stefan ditou, mas afinal parece que é Bob Dylan(!), “All along the watchtower”, mas com umas referencias da “starway to heaven” lá pelo meio!

Uma Palavra: Memorável!

Se me perguntarem se o dinheiro foi bem empregue, depois de todo o texto que eu escrevi acima, penso que dá para perceber que sim!

Optimus Alive! dia 11 - Chris Cornell

By MarcoAJLopes


Chris Cornell. Uma lenda viva.
Mal entra em palco e cativa-nos com o seu olhar maníaco, de bicho de palco, de quem adora música à sua maneira.
Fui ao alive!

Li na blitz que ele tinha feito um album com o Timbaland, e mal li isso fiquei tal e qual como se me acabassem de esfaquear o estômago. Não pode ser!

Então esse gigante que foi lançado com os Temple of God (a superbanda constituída por elementos dos posteriores Soundgarden e Pearl Jam)com o Vedder , que alcançou uma legião de fãs fanáticos com os Soundgarden, que foi cantar com os restantes membros dos RATM, e formaram os enormes Audioslave, acabara de trabalhar com o TIMBALAND???? Mas onde é que isto cabe na cabeça a alguém???

Pois é, mas algo me dizia que ele no dia 11 de Julho em Algés não estaria muito virado para r&b. E não estava. Despachou algumas músicas do novo album em formato rock, o que as tornou bantante mais mastigáveis para a plateia. Não estava à espera que ele metesse a "Hunger Strike" no alinhamento, o que foi uma surpresa formidável, cantou o primeiro refrão da "Black Hole Sun" no preciso momento em que o sol desaparecia no firmamento por detrás do palco, cantou versões prolongadas da" Outshine" e da "Spoonman" que cativaram alguns dos fãs mais acérrimos. Mas a plateia estava um bocado fria lá para os meus lados. Um bocado espectantes, desconfiados. Infelizmente.

A banda parece uma banda de Guitar Hero. Ou seja, no guitar hero temos uma banda, onde somos guitarristas e tocamos covers de outras bandas, mas o nosso vocalista canta de maneira exactamente igual ao vocalista original (lol). Ali assisti à mesma cena: temos uma banda diferente que toca as músicas de outras bandas (muito bem) e cujo vocalista canta igual ao vocalista original. Se calhar faltam os cabelos mais compridos, ou mais curtos, do vocalista dos Soundgarden, não sei. Mas a voz é espectacular na mesma.

Muita gente fez cara feia e foi bastante contundente a mandar abaixo o Cornell nos últimos tempos. Eu, como fã, acho que ele está tão desapontado como eu com os resultados do seu recente projecto. Mas tentou, e bem, mostrar aos fãs que a música ainda está dentro dele, e como tal lançou-se às feras. Merece um mínimo de respeito por isso.

Nota geral: Gostei do concerto. "Thank You!!!" Nunca o tinha visto ao vivo, infelizmente, e como tal fiquei extasiado.

Por mim estás perdoado, mas que não voltes a fazer outra destas oh Chris! TIMBALAND?? Porra, pah...